Pequeninos capazes de despertar uma grande variedade de sentimentos, alguns sentem nojo, outros medo, não obstante causam muita admiração e curiosidade. Os aspectos descritos tratam do grupo de animais mais diverso e bem sucedido do planeta Terra, os Insetos.
Olhando para os mais variados tipos de ecossistemas, sejam eles terrestres, aquáticos, naturais ou modificados pelo homem, será possível encontrar um impressionante número de representantes desses animais, das mais diversas formas e realizando as mais diversas funções. Para tamanha diversidade, temos a Entomologia, ramo da Biologia, que se encarrega de estudar a vida dos insetos sobre todos os aspectos, como sua história natural, as relações evolutivas, sua classificação, as interações entre si, com os seres humanos, plantas e animais. A linha dessa ciência se ramifica em Entomologia Médica, Entomologia Forense, Entomologia Agrícola, Entomologia Veterinária, dentre outras (GULLAN & CRANSTON, 2008; RUPPERT et al., 2005; GALLO et al., 2002).
Mas por que estudar os insetos? O que esses seres têm de tão especial que demandam uma ciência? Esses indivíduos protagonizam uma imensa variedade de relações ecológicas extremamente importantes para a sobrevivência de todo o sistema. Dominam cadeias e teias alimentares em volume e número. Todo pequeno inseto é parte de um conjunto maior e complexo. A abundância de muitos outros organismos depende diretamente desses animaizinhos. Todas as espécies possuem sua importância dentro do ecossistema, porém existem algumas que se destacam devido ao seu poder em mudar toda rede trófica do ambiente em que estão inseridas, a essas chamamos de espécie-chave. Alguns insetos carregam essa importância e o seu desaparecimento pode causar um efeito catastrófico. As abelhas são um bom exemplo de espécie-chave, já que se elas fossem extintas as plantas que necessitam da sua polinização também desapareceriam (GULLAN & CRANSTON, 2008).
Toda a importância do grupo não para por aqui, esses organismos também possuem importância em questões econômicas. As abelhinhas, além da produção do mel, oferecem seus serviços para agricultura conferindo altos valores econômicos para o mundo. Além disso, existem serviços pouco valorizados, mas que também são extremamente ricos, como os realizados por besouros e percevejos predadores, ou vespas parasitas que controlam pragas (GULLAN & CRANSTON, 2008).
Na UESB, os estudos entomológicos acontecem no Laboratório de Biodiversidade do Semiárido (LABISA) e os grupos mais estudados são as vespas, abelhas, borboletas, louva-a-Deus e libélulas.
“E um dia os homens descobrirão que esses discos voadores estavam apenas estudando a vida dos insetos...”
Confira as referências desse texto:
RUPPERT, E.E.; FOX, R.S.; BARNES, R.D. Zoologia dos invertebrados. 7ed. São Paulo: Roca, 2005. 1168p.
GULLAN, P.J.; CRANSTON, P.S. Os insetos: um resumo de entomologia. 3 ed. São Paulo: Roca, 2008.
GALLO, D. et al. Manual de Entomologia Agrícola. São Paulo: Agronômica Ceres, 2002. 531p.
Capa: Foto tirada por Katarine Norbertino.
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